Escritor e jornalista Ernest Hemingway era nascido nos Estados Unidos e vivia em Cuba quando concebeu a trama do pescador Santiago

por Ramon Barbosa Franco, editor-chefe do Diário de Notícias Marília

“Um homem jamais pode ser derrotado. Pode ser destruído, mas não derrotado”. A frase é mais ou menos assim, dita num contexto de luta. Na verdade, estamos na pequena canoa de Santiago, um pescador idoso que vive sozinho numa cabana de Havana, na Cuba pré-revolução de 1959. A obra ‘O velho e o mar’, concebida pelo escritor norte-americano Ernest Hemingway no período em que viveu numa chácara afastada do centro de Havana, a Finca Vigia, conta a força da esperança e o quanto devemos ter coragem em nossas vidas. Santiago, como o próprio Hemingway descreve, é muito velho, o pescoço com as marcas do tempo, as mãos calejadas e feridas, mas nenhuma delas são novas. De tudo, somente os olhos eram lúcidos, azuis e indomáveis como o mar.

Há 70 anos era publicado o romance que marcou gerações de escritores e leitores, uma trama que conquista admiradores a cada novo ciclo. Com este livro, Hemingway ganhou o Prêmio Nobel de Literatura e mostrou a energia das pessoas simples, mostrando que grandes homens, de alma profunda e transformadora, podem ser gente humilde, que levanta cedo para trabalhar, acreditando que ao regressar para sua casa, o dia de amanhã será muito melhor do que o de hoje. Para Santiago foi assim.